No ano dos anos 20, ele teve sua primeira aventura no interior do nordeste, chegando até Juazeiro do Norte, no Ceará, onde se tornou secretário do Padre Cícero que era considerado santo entre os romeiros, e que tinha um grande respeito por todos os lugares do nordeste. Um médico e historiador chamado Napoleão Tavares Neves, ressalta que "Abrahão ganhou a simpatia do religioso com uma mentira. Ao ver aquele homem diferente no meio da multidão, Padre Cícero, beirando os 80 anos de idade, teria se emocionado ao saber que o estrangeiro de fala enrolada nascera em Belém, na Palestina, o lugar de nascimento de Jesus Cristo". Foi ao lado do Padre Cícero que Benjamin Abrahão conheceu, no inicio de março de 1926, o homem que mudaria de vez o seu destino. Lampião, o rei do cangaço, tinha ido a Juazeiro do Norte para receber a patente de capitão depois de lutar contra a coluna prestes.
Os caminhos do libanês e do rei do cangaço, se cruzaria novamente em 1936, quando Benjamin com uma carta de apresentação de Padre Cícero (Falecido dois anos antes) e com equipamentos obtidos da Aba Film, sediava em Fortaleza, parte em busca do bandido mais famoso do nordeste com o objetivo de registrá-lo em celuloide.