O imperador Adriano visitou a Bretanha durante o verão de 122 d.C, após uma revolta ter eclodido no norte e o exército romano ter sofrido pesadas perdas para reprimi-la. Adriano decidiu, então, adotar uma solução radical: construir uma muralha para separar "os romanos dos bárbaros", o que de fato ocorreu, seccionando o norte da Inglaterra da Escócia. A muralha de Adriano tinha altura inicial de 3 a 5 metros. Para protegê-la, 14 fortes foram posicionados em toda sua extensão, além de 80 torres militares. Ao longo de uma linha de colinas e penhascos ligando o mar do Norte ao mar da Irlanda, de Newcastle a Carlisle, a muralha de Adriano, guardada por 18 mil homens, provou sua eficácia durante mais de três séculos. Assim foram repelidos os ataques dos "bárbaros" escoceses em 180, 196 e 197. No início do século V, o Império Romano em declínio negligenciou essa fronteira longínqua. Relegada ao abandono, a obra virou um gigantesco depósito onde as pessoas iam recolher pedras para a construir suas casas ou igrejas.