Quando Diocleciano (imperador romano entre os anos de 284 a 305) chegou ao poder, decidiu que era hora de dar um basta. E a maneira que encontrou foi abandonar a política de laissez faire, que permitia aos governadores provinciais administrarem suas regiões como bem entendessem. Em vez disso, resolveu assumir o controle através de éditos imperiais centralizados.
Para evitar uma revolta provincial, ele quase dobrou o número de soldados e, para pagar por isso, reestruturou completamente o sistema fiscal provincial. A fim de coletar mais impostos, aumentou a burocracia estatal ("mais funcionários que contribuintes", segundo uma fonte hostil á política econômica do imperador). Para corrigir a inflação e estabilizar a moeda, decidiu revalorizar a cunhagem.
O custo de tudo isso foi enorme (e não levou a nada). Os preços subiram, e quanto mais aumentavam, mais as pessoas acumulavam, mais rápido os preços aumentavam.
A resposta de Diocleciano para a crise foi a introdução de seu famoso édito Máximo. Colocando a culpa da inflação na "paixão desenfreada pelo lucro" dos empresários (quando a inflação produzida pelo império era a verdadeira culpada) ele impôs preços máximos em tudo. Cereais (incluindo tremoços), vinho, azeite, carne (porco, pavão, pardal, arganaz, rola-comum), vegetais, escargots e ovos, peles (boi, ovelha e hiena), couro e animais (incluindo leões!) foram todos sujeitos ao novo teto de preço.
E os salários também Trabalhadores de todos os tipos (do assalariado comum e do barbeiro ao coletor de esgoto e ao advogado profissional) descobriram, de repente, que havia um novo limite para o que poderiam ganhar. E para incentivar um público relutante a se sujeitar, Diocleciano decretou que qualquer um que desobedecesse ao édito seria condenado á morte.
No entanto, nem mesmo a ameaça de execução poderia salvar do Édito Máximo do fracasso total. Os comerciantes se uniram e pararam de produzir mercadorias, vendiam os seus produtos de forma ilegal ou faziam trocas. A população em geral se juntou, e todo o sistema rapidamente se desvaneceu na história.